O que dizem as pesquisas nas empresas

 

  1. Recentemente a empresa americana de pesquisas corporativas SIROTA CONSULTING, compilou dados de cerca de 4 milhões de pesquisas realizadas em todo o mundo nos últimos 30 anos, para aferir o que determina a satisfação pessoal para os executivos. O resultado revela que a maioria vê a satisfação pessoal associada aos seguintes eventos:

 

    • quando obtêm justa remuneração pelo esforço e dedicação;
    • quando a empresa oferece um tratamento respeitoso;
    • quando a empresa incentiva e prepara o executivo para enfrentar desafios;
    • quando sentem orgulho do que fazem;
    • – quando sentem que fazem parte de um trabalho de equipe.

 

Ou seja, as pessoas estão o tempo todo preocupadas com a sua

satisfação mas transferem essa tarefa para as empresas onde

trabalham.

 

  1. A Fundação Dom Cabral realizou pesquisa junto a 1052 executivos

das 500 maiores empresas do País. O resultado revela que 90%

dos entrevistados não está preocupado em melhorar os resultados da

empresa onde trabalha. E que 26% confessa que pretende mudar de

empresa ou de profissão quando surgir uma oportunidade. 70% afirma não estar satisfeitos com o que faz. Ou seja, as pessoas não se sentem compromissadas com os objetivos da empresa e não têm prazer com o trabalho.

 

 

  1. Pesquisas do ISMA – International Stress Management Association

e da Clínica Med-Rio, feitas com milhares de executivos em todo o

País, revelam que mais de 50% das pessoas confessa ter baixa

qualidade de vida, com graves problemas de saúde que afetam o

desempenho profissional. 40% dizem que se alimenta mal, dorme

mal, fumam, são sedentários e fazem uso de estimulantes ou

relaxantes (drogas lícitas ou ilícitas) no dia-a-dia. Muitos dizem

ter problemas nas relações afetivas em virtude do estresse.

 

 

  1. O Hospital Albert Einstein realizou levantamento junto a executivos

e constatou que cerca de 40% com idade entre 30 e 50 anos tem sérios problemas de deficiência no sistema coronariano, com riscos reais

para a saúde, o que afeta a qualidade de vida e compromete o desempenho profissional.

 

  1. O IBEHI – Instituto Brasileiro de Estudos Humanísticos Integrados,

realizou levantamento junto ao departamento de RH de sessenta

empresas de médio e grande porte em todo o País, visando saber

se os dados das pesquisas mencionadas acima são verdadeiros.

Os diagnósticos foram confirmados e as empresas demonstraram

grande preocupação com essa realidade. Muitas delas confessam

não saber o que fazer, pois a dificuldade em lidar com esse assunto

é muito grande.

 

CONCLUSÃO: Existe hoje um grande fosso entre aquilo que as pessoas

esperam da empresa onde trabalham e a realidade

no dia-a-dia. De um lado a empresa espera que cada um

cumpra o dever de trabalhar com afinco e dedicação para

que as metas sejam atingidas. Mas de outro, ignora que

têm um preço a pagar e que talvez ele seja muito alto.

O aumento dos custos com problemas de saúde dos

funcionários hoje é uma realidade que não pode ser

desprezada.

As pessoas querem vencer na vida e desejam atingir o

topo da carreira. Porém, o preço ( saúde) também costuma

ser bem alto. O que fazer então?

Creio que a questão do desempenho, da competência, do

talento e do sucesso, precisa ser vista do ponto de vista

da valorização do capital humano. Ou seja, a empresa

precisa entender que são as pessoas que contribuem para

os resultados. E isso é fruto da soma das capacidades

individuais dos colaboradores. Se eles não estão

satisfeitos e não se sentem felizes com o que fazem, a

performance fica comprometida e os resultados serão

medíocres.

Quanto às pessoas, ests precisam entender que devem

investir em qualidade de vida a partir de uma mudança de

atitude visando a adoção de uma nova filosofia de vida

que privilegie a satisfação “de dentro para fora”. O que elas

devem buscar é o alcance da satisfação pessoal que

resulta de uma atitude consciente frente os desafios da

carreira e da vida pessoal. Assim, investir em si mesmo é

investir na carreira e vice-versa. Ou seja, antes de pensar

em sucesso profissional, devem pensar se a sua carreira

tem algum propósito e se este propósito produz bem-estar.

Portanto, empresas e colaboradores têm um dever de casa

a fazer, pois o que está em jogo é a sobrevivência de ambos.

 

 

 

José Diney Matos é escritor, conferencista e consultor especialista em gestão de negócios e gestão de pessoas. É fundador e presidente do IBEHI – Instituto Brasileiro de Estudos Humanísticos Integrados.

Sobre jdineymatos
José Diney Matos é jornalista, escritor e conferencista. Pós-graduado em ciência e tecnologia e finanças, trabalhou como executivo em empresas de grande porte iniciando sua carreira no Unibanco e encerrando no Grupo Brascan. Há cerca de quinze anos vem atuando como consultor especialista em comportamento nas relações profissionais, gestão de carreiras e gestão de negócios. É fundador e atual presidente do IBEHI – Instituto Brasileiro de Estudos Humanísticos Integrados, entidade educativa associada à ACA – American Creativity Association, que se dedica a estudos e pesquisas sobre desenvolvimento humano, criatividade e qualidade de vida. É autor dos livros Artimanhas do Ego (2004), Bem-Estar Criativo (2006) e A Essencial Arte de Pensar (a ser publicado em 2011).

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